Qual era a situação quando Dom Marcel Lefebvre decidiu consagrar bispos? O Cardeal Ratzinger havia dito que o Papa estava preparado para que um bispo fosse consagrado em 15 de agosto para suceder Dom Lefebvre. A contrapartida era uma dependência comedida mas certa da Roma Modernista e conciliar através de uma comissão romana chefiada pelo mesmo Cardeal Ratzinger.
Por outro lado, alguns argumentavam que, se Dom Lefebvre recusasse as propostas romanas e prosseguisse com as consagrações episcopais sem a autorização de Roma, o resultado seria uma excomunhão que abalaria a Tradição. A situação não era simples. O que a prudência exigia?
Eis o objeto deste nosso estudo: analisar, segundo os princípios tomistas, a prudência de um bispo na histórica operação de sobrevivência da Tradição Católica.